Quinta, 29 de junho de 2023
A quase um ano tive a honra de assumir a posição de Diretor Executivo da UBRAFE a convite do presidente da associação, Paulo Ventura (Center Norte) e do presidente do Conselho de adm. da associação Abdalla Jamil Abdalla (Francal Feiras). Um desafio inspirador esse de poder contribuir com um setor ao mesmo tempo tão relevante no cenário econômico e ao mesmo tempo tão sofrido com o impacto desta terrível pandemia. Neste meu curto espaço de tempo trabalhando em prol do nosso setor conversei com muita gente. Todos os associados da UBRAFE, vários associados novos, associados em potencial, e mais importante, pessoas do Brasil todo. Resumindo, várias pessoas que podem e devem contribuir para o futuro do setor de eventos com foco em negócios. Mas também me deparei com a seguinte pergunta:
- Porque eu devo me associar a UBRAFE?
Pergunta básica de proposta de valor e propósito. Justa e válida. Veja a minha resposta...
A principal função de uma associação é conseguir aglutinar players concorrentes entre si através de pautas relevantes em comum. O que afeta uma empresa deve afetar outras...
Esse ponto de vista é bastante utilizado para pautar a relação do setor com os 3 níveis do poder público. Uma coisa é uma empresa ir sozinha ir tentar algo junto aos poderes públicos
Outra coisa é ir em grupo! Não é uma questão de “pressão” e sim de “relevância/importância”
Mas apesar de importante eu acho que essa aglutinação setorial não é a função mais importante de uma associação. É muito relevante, mas não é o único benefício.
Pensar e refletir sobre o futuro do mercado, através de dados mercadológicos corretos , troca de experiências e informações entre os players associados e oportunidades de capacitação e atualização profissional na minha humilde opinião são benefícios muito mais valorizados.
Não adianta se reunir somente quando “o caldo já entornou” e apareceu uma nova tributação ou legislação para o setor. O ideal e se reunir quando “ o caldo não entornou ainda” para discutir um plano de ações para se expandir, atualizar ou defender o setor, Simples assim!
Já tive experiências associativas individuais com entidades do exterior, e na minha opinião os anglo saxões são mais empáticos em relação ao associativismo. Não se associam a uma entidade somente pensando no curto prazo (como eu vou fazer para que a taxa associativa se torne um instrumento comercial para a minha empresa? ) Pensam no que podem ganhar pessoalmente e organizacionalmente se existirem estas interações setoriais mais focadas no médio e longo prazo, como capacitação e obtenção de dados mercadológicos fidedignos! E é lógico, pensam também nas opções de conexões!
Outro ponto importante a mencionar sobre o associativismo e real necessidade de a respectiva associação representar a cadeia de valor do setor econômico. No caso do setor de eventos com foco na geração de negócios, no passado a UBRAFE agrupava somente os principais promotores de feiras de negócios do país. Mas esses não são os únicos players deste setor econômico. O estatuto da associação evoluiu e hoje venues no Brasil todo fazem parte da UBRAFE. Além dos promotores e venues alguns fornecedores chave deste setor também são parte essencial desta cadeia de valor e são todos bem-vindos. Com várias cabeças pensantes, com uma exponencial rede de networking, com dados do mercado fidedignos e atuais, com oportunidades de capacitação e atualização profissional e com momentos imersivos relevantes eu imagino que o associativismo ganha uma outra perspectiva.
Estou trabalhando para isso!
Sai o olhar de curto prazo, com foco majoritariamente comercial e entra um olhar mais coletivo e visando o desenvolvimento do setor. Se sofremos tanto nos últimos 2 anos, por que continuar sofrendo sozinhos? Se aproveitar dos momentos de utilização da inteligência coletiva de um grupo aglutinado em prol de ampliar a relevância de um setor da economia é uma tendência no nosso século 21. Co-criação, Colaboração e Capacitação são desafios deste tempos pós pandêmicos. Vamos juntos?