SEXTA, 29 DE MARÇO DE 2024|CONTATO

Por Liliane Bortoluci, diretora da feira Plástico Brasil (Informa Exhibitions)

Quinta, 09 de agosto de 2018


A questão da sustentabilidade está mais presente do que nunca na pauta das sociedades do mundo todo. Antes restrita a grupos de defesa do meio ambiente e pequenas comunidades, hoje o tema permeia o nosso dia a dia. Empresas, condomínios, empreendimentos comerciais, órgãos públicos e até mesmo muitas residências mantêm um sistema de coleta seletiva do lixo. Consumidores cada vez mais conscientes cobram dos fabricantes uma postura sustentável, sob risco de trocar de marca, e grande parte da população tem optado por embalagens reaproveitáveis, recicladas ou recicláveis.

O plástico também faz parte do cotidiano de praticamente todos os habitantes do planeta. Para onde quer que se olhe, existe algum componente fabricado com ele. Muito do que consumimos está acondicionado ou é transportado em embalagem de material plástico. Ele está presente nos equipamentos de hospitais, nos utensílios e aparelhos das nossas casas, nos veículos particulares e no transporte público, no nosso local de trabalho, no computador onde foi escrito este texto... Em maior ou menor grau, tudo tem plástico.

E apesar da insistência de alguns setores em taxá-lo como um inimigo do meio ambiente, estou entre os que defendem que sustentabilidade e plástico são compatíveis, sim! O que precisa mudar – e a boa notícia é que a sociedade está aberta a isto – é nossa relação com o que consumimos. E aí entra não apenas o plástico, mas também metais, papéis e até resíduos orgânicos. Mais que tudo, a questão da sustentabilidade passa pela conscientização e pela reciclagem.

O Brasil vem fazendo sua parte. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) é uma das mais avançadas do mundo. Propõe a prática de hábitos de consumo sustentável, incentiva a reciclagem e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos e institui a responsabilidade compartilhada de toda a cadeia – de fabricantes a consumidores.

Como promotores de eventos de negócios, acreditamos que também nós podemos fazer nossa parte. Em especial numa feira voltada para a cadeia do plástico, como a Plástico Brasil, que terá sua segunda edição em maio de 2019. Justamente por lidar com a cadeia desse material que tantas vezes passa como “vilão” do meio ambiente é que queremos fazer da Plástico Brasil um sinônimo de evento sustentável.

O primeiro passo foi dado já na edição inaugural da feira, em 2017, quando realizamos o Projeto Recicla Plástico Brasil, em parceria com a Abimaq, Abiquim, Plastivida, o Instituto Brasileiro do PVC e fabricantes de máquinas. Durante toda a feira, colocamos em funcionamento uma linha completa com maquinário para reciclagem do plástico. Como resultado, foram reciclados 7.500 quilos de produtos de plástico produzidos na feira.

Dentro desse guarda-chuva, outros projetos se fizeram presentes na feira, como a Reciclagem de Cartões, que trouxe máquinas coletoras e trituradoras de cartões plásticos; a Reciclagem de EPS (conhecido como Isopor); e o Tampinha Legal, que incentiva a coleta e reciclagem de tampas plásticas de garrafa – só por meio deste projeto, foram coletados cerca de 1.700 quilos de tampinhas (cerca de 700 mil tampinhas plásticas) durante a Plástico Brasil 2017. Este trabalho prático foi complementado com workshops e palestras sobre as muitas possibilidades do reaproveitamento do plástico, inclusive em mobiliários adaptados para crianças com disfunção neuromotora.

Junto com nossos parceiros, nos sentimos orgulhosos do que foi feito naquele ano, e sabemos que ainda há muito o que fazer. Por isso, desde que iniciamos a construção da segunda edição da Plástico Brasil, a Sustentabilidade adotou o papel de “bússola” que vem norteando todas nossas decisões. Queremos fazer desta feira um exemplo, não só para dar nossa colaboração à preservação do meio ambiente, mas também para inspirar os expositores e visitantes profissionais a replicarem atitudes ambientalmente corretas em seus negócios.

Muitas novidades ainda estão por vir. Aguardem!