Quinta, 27 de julho de 2017
A 19ª edição do Barômetro Global, pesquisa realizada pela UFI - The Global Association of the Exhibition Industry e que mede o pulso da indústria de exposições no mundo, indica uma mudança de foco na indústria de feiras. Embora a grande maioria dos participantes da pesquisa tenha relatado aumentos no volume de negócios e lucros crescentes em 2017, as promotoras de feiras estão mais focados no desenvolvimento econômico dos mercados domésticos e principais do que no crescimento econômico global.
Além disso, a "concorrência dentro da indústria” aumentou, tornando-se a segunda questão comercial mais importante. Globalmente, os produtos e serviços digitais estão sendo cada vez mais implementados no setor.
No Brasil, a UFI contou com a colaboração da UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feiras) para colher os dados do nosso mercado para a 19ª Pesquisa do Barômetro Global.
Tamanho e âmbito
A pesquisa foi concluída em julho de 2017 e inclui dados de 257 empresas em 56 países. O estudo fornece perspectivas e análises para dez grandes mercados: Brasil, China, Alemanha, Índia, México, Rússia, África do Sul, Tailândia, Reino Unido e EUA. Além disso, foram analisadas quatro zonas regionais agregadas.
"Estamos felizes em receber a Indian Industry Industry Association (IEIA), como o 9º parceiro de nossa pesquisa Global, que nos permitiu adicionar um novo perfil de país, de um mercado em crescimento, aos resultados da pesquisa”, diz Kai Hattendorf, Diretor-Geral e CEO da UFI.
Desenvolvimentos econômicos
No que diz respeito ao volume de negócios para os dois semestres de 2017 e primeiro semestre de 2018, pelo menos 74% dos entrevistados na Ásia /Pacífico e na Europa declararam um aumento para esses períodos.
Nas Américas e no Oriente Médio /África, os resultados foram um pouco menos positivos. Em média, para os três períodos, 66% dos entrevistados nas Américas e 58% dos entrevistados no Oriente Médio/África relataram aumentos no volume de negócios.
O volume de negócios relatado em todas essas regiões foi, no entanto, nem sempre estável. As Américas relataram um pico para o segundo semestre de 2017 e, o Oriente Médio/África, prevê queda no segundo semestre de 2017.
Em termos de lucro operacional, a maioria das regiões manteve um bom nível de desempenho em 2016, embora fosse geralmente inferior ao registrado em 2015. Além disso, os lucros para 2017 parecem estar em ascensão em todas as regiões, exceto no Oriente Médio/África.
Questões comerciais principais
Quando perguntado sobre as principais questões relativas aos negócios, o "estado da economia nacional/regional” foi considerado o mais importante, com 25% de todos os entrevistados preocupados com isso. A África do Sul (34%) e o Brasil (33%), apresentando os maiores índices.
A "concorrência dentro da indústria” foi considerada em 21% dos entrevistados, sendo classificada como a prioridade número um na Tailândia (32%) e na Índia (26%).
As empresas indicaram que o "desenvolvimento econômico global” já não é uma questão tão intensa como foi em pesquisas anteriores, com 20% dos entrevistados colocando isso no topo do ranking. Esta questão continua a ser a prioridade número um na Alemanha (31%) e na China (26%).
Em relação aos principais problemas adicionais, "desafios internos” e "impactos da digitalização” não foram esquecidos. Dentro da digitalização – em comparação com os resultados do verão de 2016 – a participação das empresas que citam "novos produtos digitais” como um tema importante cresceu de 36% para 61%.
Digitalização
Com a digitalização acelerada em empresas de todo o mundo, esta edição do Barômetro Global também se concentra no atual estágio da atividade digital no setor de feiras, fornecendo pela primeira vez uma visão geral das atividades neste campo em um nível global.
Os resultados mostram que a maioria das empresas respondeu ao acelerado processo de digitalização no setor de exibição. Reino Unido, Alemanha, China e os Estados Unidos são identificados como os mercados de feiras que atualmente são mais ativos no processo de transformação digital.
Dois, dos três participantes da pesquisa, informaram que adicionaram serviços/produtos digitais (como aplicativos, publicidade digital, sinalização digital) em suas feiras já existentes. Isto já é comum na Alemanha (100% dos entrevistados), e também está amplamente estabelecido no Brasil (82%), bem como nos EUA, Rússia e Tailândia (73% cada).
As empresas do setor de feiras também estão se digitalizando. Globalmente, 55% afirmaram que mudaram os processos internos e os fluxos de trabalho para serem mais digitais. Os mercados de exposições mais avançados são a Tailândia (73%), a China (71%) e a Alemanha (69%).
Uma em cada quatro empresas que participaram da pesquisa informou que desenvolveram uma estratégia de transformação digital para toda a empresa, com o México (58%) e os EUA (45%) liderando.
Uma em cada cinco empresas criou uma função designada (como um Chief Digital Officer) em sua diretoria – liderada aqui pela China (33%) e pela Alemanha (31%).
Finalmente, um em cada cinco participantes da pesquisa afirmou que lançaram produtos digitais não diretamente relacionados a exposições existentes. Um desenvolvimento especialmente visível no Reino Unido (50%) e nos EUA (36%).